segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Documentário o "Construtor de imagens" é selecionado e vence categoria audiovisual na Mostra de Artes de Diadema 2011

Depois de mais de 2 anos sem Mostra de Artes, Diadema volta a congregar os artistas da cidade e região do ABCD. E "para nossa alegria" o documentário no qual reside e trabalha o personagem de sua própria ficção: Miguel Batista concorre com exibição na sexta-feira dia 30/09 a partir das 19h.

Os selecionados e programação:



O Prêmio Plínio Marcos de 2011 terá a participação de 179 artistas que concorrem em sete linguagens artísticas: Artes Cênicas (40 candidatos), Artes Integradas (9), Artes Visuais (56), Audiovisual (21), Humanidades (33) e Música (20). A mostra tem o objetivo de promover a produção cultural da região e aproximá-la da população.

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ATUALIZAÇÃO:

Nosso documentário ficou em primeiro lugar na categoria audiovisual da Mostra de Artes de Diadema, acompanhado dos amigos da produtora Cavalo Marinho os video markers: Gilberto Caetano e Thais Scabio, que ficou em segundo lugar com a direção do filme 69, no qual Miguel também atuou (como ator pornô sessentão) e Mustangue (terror) onde o mesmo fez participação na equipe de produção.





Obrigado ao júri por entender a importância da obra e do trabalho do pedreiro cineasta. Agradeço a todas as pessoas que participaram e me auxiliaram de forma direta e indireta na produção desse documentário, em especial meus pais, Toninho do Gazuza, Fabiana Souza, Pedro Rogério, a prefeitura e a Secretaria de Cultura de Limoeiro do Norte no Ceará, Itaú Cultural, Cinemateca Brasileira, a banda Poucas Trancas e muito obrigado ao Miguel por acreditar e ter me confiado parte de sua história, tempo e muitas horas de trabalho. Todos nós somos vencedores.

COMENTÁRIOS DO JURÍ:

José Milton Santos, João Luiz de Brito Neto e Rafael Nascimento da Cunha Carvalho:
O documentário foi eleito o primeiro ganhador pelos jurados da Mostra por dois motivos básicos: em primeiro lugar, por focalizar um personagem totalmente arraigada à história da cidade de Diadema, um dos critérios de avaliação que orientou o jurí. Sem cair nas armadilhas do exotismo ou do pitoresco do assunto, o filme capta de maneira sutil a vida e a obra de um realizador-construtor/pedreiro que ergueu sua filmografia e conquistou seu público totalmente à parte dos padrões de produção e circulação do audiovisual com os quais estamos acostumados. 


Se ampliarmos o significado da trajetória de Miguel Batista, podemos ver nela uma imagem da própria condição do cineasta brasileiro em seu embate com as circunstâncias adversas impostas pela realidade da vida artística no país. O documentário contém imagens de grande força, sobretudo na sequência em que um caixão é colocado dentro da sala onde se costumam projetar filmes do cineasta-construtor. Cria-se um forte impacto na contraposição da tela mostrada pela câmera com o clima fúnebre imposto pelo estranho objeto trazido à cena. 

O documentário apresenta o perfil humano e artístico de um personagem do municipio de Diadema aliada a uma dimensão mais universal, ligada à própria condição do artista brasileiro na dura batalha por seu reconhecimento e profissionalização. Nesse sentido, sintetiza o regionalismo diademense com uma perspectiva maior, de amplitude nacional.
 

 

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