quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Indie 2013 - Para cinéfilos e amantes do cinema contemporâneo mundial



Em 2013, o Indie Festival completa 13 edições em 13 anos. “É um adolescente”, brinca a diretora da mostra, Francesca Azzi. Mesmo com recortes variados ao longo dos anos, o Indie segue sua proposta de evidenciar cineastas contemporâneos em plena atividade. Esse critério vale para os longas descobertos ao redor do mundo - e reunidos na Mostra Mundial -, e para os diretores homenageados com a retrospectiva de suas filmografias: o chinês Wang Bing e o francês Jean-Claude Brisseau. 


A ideia do festival surgiu em Belo Horizonte em 2000, quando Francesca e sua irmã, Daniela, resolveram levar o cinema independente em produções de todo o mundo para a capital mineira. “Quando começamos, a gente achava que seria um evento para cinéfilos, não tinha a expectativa de um público grande e o que aconteceu foi um boom na cidade, a primeira edição já foi uma loucura”. De lá para cá, o festival ganhou corpo e estreou em São Paulo, no CineSesc, em 2007. 

Desde então, o Indie acontece nas duas capitais com público cativo. “A proposta é ser um festival mais cult do que tradicional, preferimos ter pessoas fieis que frequentam todos os anos do que espalhar o nome pelas cidades. A gente não quer ter aquela cara de ‘coisa consagrada’, isso pode ser ruim pelo lado criativo”, explica Francesca. O diferencial do festival - e que o torna queridinho de novos e assíduos frequentadores - é a curadoria atenta à produção contemporânea. 

“O cinema que a gente trabalha possibilita que algumas pessoas se apaixonem porque ele não trata de entretenimento, ele está ali para incomodar - sem deixar de seduzir”. Na seleção do Indie entram produções cinematográficas romenas, japonesas, brasileiras, chinesas, americanas… Para a seleção, são vistos filmes em todas as oportunidades possíveis e de todos os formatos disponíveis, até que o tema da película e/ou o estilo de seu produtor conquiste a equipe do festival. 

Um dos aspectos criativos definidos a partir de longas conversas curatoriais é a identidade visual do festival - o logo de 2013, por exemplo, é um neon construído exclusivamente para a ocasião a partir das referências do universo sedutor de Brisseau e das luzes da China, assunto do trabalho de Wang Bing.

Confira aqui a programação do festival

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